Outubro Rosa: prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama
Outubro Rosa: Movimento internacional para conscientização sobre a prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama.
E quais as alternativas para a preservação da fertilidade, nestes casos?

A campanha conhecida como "Outubro Rosa" é um movimento internacional que ocorre anualmente durante o mês de outubro e tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama, além de promover a solidariedade com as pessoas que enfrentam essa doença.
O nome "Outubro Rosa" faz referência à cor rosa, que simboliza a campanha. Durante esse mês, muitos prédios, monumentos e locais públicos são iluminados com luzes cor de rosa para chamar a atenção para a causa.
A campanha surgiu nos Estados Unidos na década de 1990 e, desde então, tem se espalhado pelo mundo, envolvendo diversas instituições, empresas e organizações não governamentais. Durante o Outubro Rosa, são realizadas várias ações, como palestras, eventos esportivos, caminhadas, corridas, exames gratuitos de mamografia e atividades de conscientização para informar as pessoas sobre a importância do autoexame e do exame clínico das mamas, bem como sobre a necessidade de consultas regulares com profissionais de saúde.
O câncer de mama atinge aproximadamente 2 milhões de mulheres a cada ano, segundo a Organização Mundial da Saúde, e é o que mais provoca a morte de mulheres. É o tipo de câncer mais frequente na mulher brasileira. Nesta doença, ocorre um desenvolvimento anormal das células da mama, que se multiplicam repetidamente até formarem um tumor maligno.
Por isso, a conscientização e a prevenção são muito importantes e o mês de Outubro foi escolhido para a realização de ações dedicadas a conscientização sobre este tipo de câncer.
A detecção precoce do câncer de mama pode ser realizada por meio do diagnóstico precoce ou do rastreamento. No diagnóstico precoce, o médico identifica os sinais e os sintomas suspeitos de câncer de mama. Os principais são:
- Aparecimento de nódulo mamário em mulheres com mais de 50 anos ou mulheres com mais de 30 anos, por mais de um ciclo menstrual;
- Nódulo mamário duro e fixo ou que aumenta de tamanho, em mulheres adultas, independentemente da idade;
- Aumento progressivo do tamanho da mama com a presença de sinais de edema, como pele com aspecto de casca de laranja;
- Retração na pele da mama ou mudança no formato do mamilo.
Os médicos aconselham que as mulheres apalpem as mamas (no banho ou ao trocar de roupa) para notar qualquer alteração. Não existe uma técnica ou uma periodicidade. Os médicos incentivam que seja feito sempre que a mulher se sentir confortável, valorizando a descoberta casual das alterações nas mamas. Nas mulheres que ainda menstruam, é aconselhado realizar o autoexame logo após o ciclo menstrual.
Autoexame
O exame das mamas realizado pela própria mulher, apalpando os seios, ajuda no conhecimento do próprio corpo, entretanto, esse exame não substitui o exame clínico das mamas realizado por um profissional de saúde treinado. Caso a mulher observe alguma alteração deve procurar imediatamente o serviço de saúde mais próximo de sua residência. Mesmo que não encontre nenhuma alteração no autoexame, as mamas devem ser examinadas uma vez por ano por um profissional de saúde.
Já o método de rastreamento é realizado em mulheres de 50 a 69 anos, através do exame da mamografia, feito a cada dois anos. Este exame usa raios X de baixa energia para identificar anormalidades na mama.
Exame clínico das mamas
É o exame das mamas realizado por médico ou enfermeiro treinado para essa atividade. Neste exame poderão ser identificadas alterações nas mesmas. Se for necessário, será indicado um exame mais específico, como a mamografia.
Mamografia
É um exame muito simples que consiste em um raio-X da mama e permite descobrir o câncer quando o tumor ainda é bem pequeno.
A detecção precoce do câncer de mama aumenta significativamente as chances de tratamento bem-sucedido, por isso, o Outubro Rosa desempenha um papel crucial na luta contra essa doença que afeta milhões de mulheres em todo o mundo. Além disso, a campanha também busca apoiar as mulheres que estão em tratamento e promover a solidariedade com as que enfrentam o câncer de mama.
E quais as alternativas para a mulher com câncer de mama, que vai começar o tratamento, ou e está em tratamento, preservar a fertilidade?
A preservação da fertilidade em mulheres com câncer de mama que estão prestes a iniciar o tratamento ou já estão em tratamento é uma preocupação importante, uma vez que muitas terapias oncológicas, como quimioterapia e radioterapia, podem afetar negativamente a função ovariana e a capacidade reprodutiva. Existem várias alternativas disponíveis para mulheres que desejam preservar sua fertilidade durante o tratamento do câncer de mama.
Algumas dessas opções incluem:
Congelamento de óvulos (criopreservação de óvulos): Este é um procedimento em que a mulher estimula seus ovários a produzirem múltiplos óvulos, que são então coletados, congelados e armazenados para uso futuro. Após a conclusão do tratamento do câncer, esses óvulos podem ser descongelados e fertilizados por meio de fertilização in vitro (FIV).
Congelamento de embriões: Nesse processo, óvulos são coletados, fertilizados com esperma e os embriões resultantes são congelados e armazenados. Isso é uma opção para mulheres em relacionamentos e que desejam preservar a fertilidade para futura gravidez. É a maneira mais eficaz, atualmente, de preservar a fertilidade feminina.
Transplante de tecido ovariano: Em situações raras, as mulheres podem optar por congelar e posteriormente transplantar um pedaço de tecido ovariano após o tratamento do câncer. No entanto, essa técnica ainda está em fase experimental e não é amplamente praticada.
É importante discutir suas opções de preservação da fertilidade com seu oncologista e um especialista em reprodução humana antes de iniciar o tratamento. Cada caso é único, e as opções disponíveis podem depender da idade, do estágio do câncer, do tipo de tratamento necessário e das preferências individuais da paciente. O planejamento adequado pode ajudar a garantir que as opções de fertilidade estejam disponíveis após a conclusão bem-sucedida do tratamento do câncer de mama.
Fontes, referências: Blog da Saúde; Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva